segunda-feira, junho 21, 2004

Euro2004: Venham mais 3

Sai um comentário com um pires de tremoços?

Pois é, meus irmãos Lusos e quasi-Lusos, Africanos, Russos Ucranianos e Leste-Europeus, Brazucas, Macaenses, Timorenses, Australianos, Europeus Ocidentais, Americanos do Norte, Venezuelanos, Australianos e Neo-Zelandeses, Goeses e Indianos, E do Médio Oriente, das Ilhas e das Berlengas, Brancos, Pretos, Amarelo, Roseados, Castanhos, Vermelhos e Caril, conseguimoooooooooooooooooos.

Ganhámos aos Espanhóis e com essa vitória parece-nos que tudo pode acontecer agora, pode ser que sim, haja fé no nosso fado e convicção de que nós gritaremos só enquanto a voz houver, e que os jogadores jogarão só enquanto as pernas lhes doerem...

Força Portugal, rumo ao caneco, mais três como o de ontem e podemos então todos fazer uma festa que dure quatro anos.

terça-feira, junho 15, 2004

Euro 2004: A fé na desilusão!!!

Sai um comentário com um pires de tremoços?

Estive lá em cima no Porto.
Fui um dos muitos que estavam a chorar baba e ranho por tal desastre ter acontecido.

Como é possível, que sejamos sempre nós a quebrar os recordes? Nunca a Grécia tinha ganho em fases finais, nunca a Grécia tinha marcado mais que um golo num jogo em fases finais, nunca a equipa anfitriã tinha perdido o jogo inaugural...

Desgraça, desonra, e vergonha.

Amanhã vou lá estar cheio de fé, de pé, a apoiar a selecção. Mas e os outros? Onde estão as claques dos Ultras Portugal? Que aconteceu? No Dragão, o estádio até é engraçadito, mas nada que se compare à Catedral de Lisboa, no dragão, entoram-se dois ou três cânticos, ensaiaram-se duas ou três coreografias e pronto, ficou-se por aí!

Acho que faz falta, mesmo para motivar os jogadores, alguém sempre a apoiá-los, não é gritar 3 vezes Portugal com vergonha, não é bater palmas devagarinho para não aleijar as mãos, vamos demonstrar a toda a Europa que está de olhos postos em nós que somos terríveis a criar ambientes, vamos amedrontar os Russos, vamos carregar os Portugueses às costas, vamos dar-lhes ânimo, força, coragem, ilusão, enfim, vamos ajudá-los a ganharem aquele jogo para nós.

Multimédia: Direito de resposta (Um cérebro pró De Sousa já!).

Sai um comentário com um pires de tremoços?

Ora, como podem confirmar nos artigos anteriores, expus aqui uma critica bastante mordaz à actuação de um diário digital e á sua linha editorial, principalmente à de um certo comentador do referido jornal, e às suas crónicas insípidas.

Obviamente que nós aqui no 2099 não podíamos deixar de informar o visado, o sr. De Sousa da nossa critica, assim como, apesar de não nos identificarmos aqui no 2099, nos identificámos perante o referido senhor, e darmos a cara pelas nossas convicções.

Ora, o Sr. De Sousa, apesar dos muitos defeitos que lhe possamos apontar, dignou-se a usar do seu direito de resposta, a qual, obviamente vou aqui publicar:

Exmo. Senhor

Só lhe respondo porque entendo que fazê-lo é uma questão de educação.

O seu comentário, no seu blog, é, no entanto, tão grosseiro que só me leva a sugerir-lhe que troque os prazeres (solitários?) que fazê-lo lhe devem provocar pelas viagens de metro dentro do concelho da Amadora com os restantes 219 999 infelizes que ainda lá moram.

E, já agora, tenha a ombridade de pôr esta mensagem no seu blog...

César de Sousa


Como tal, e uma vez que a faca tem dois gumes, permito-me também resposta ao Exmo. Senhor relativamente às afirmações dele.

Agradeço desde logo, a boa educação por nos responder, deu-me um gozo mesquinho, tenho de admitir, que foi um prazer um pouco mesquinho, ver que o meu comentário foi apreciado por mais alguém do que só eu, e que os meus prazeres solitários estão a começar a afectar os nervos de mais alguém sem ser do meu vizinho do lado, que se queixa do ruido das teclas no teclado às 3h30 da manhã.

Como somos todos infelizes na Amadora, conforme o Sr. De Sousa refere, suponho que ele só possa morar nalgum sítio fixe e porreiro, daqueles muito in, estilo Cascais ou Estoril, ou Tapada de Mafra, ou melhor ainda Belas Clube de Campo, ou Aroeira, pelo que só pode ser rotulado como menino queque (se já não é menino, as minhas desculpas).

Mas depois, pensando bem, tudo isso também fica fora de Lisboa, pelo que devo estar enganado, senão o De Sousa seria também um gajo dos suburbios, e não me atacaria a mim e aos outros mais de 200.000 por não ter dinheiro suficiente para morar em Lisboa.

Ora este senhor então deverá ter um grande palácio abandonado ali na Ajuda, herança dos papás, de certeza, uma vez que com o jornalismo? Não se deverá safar (basta lerem os comentários da treta no referido diário digital, para confirmarem que só por cunha é que alguém com a capacidade intelectual do Orangotango Málu escreve apreciações daquele tipo).

Ora, este senhor infeliz, deverá morar em Lisboa, sim senhor, mas como não tem dinheiro para sutentar o palácio da Ajuda, com 57 quartos e 3 casas de banho, arrendou-as a famílias Moldavas, e mora num apartamento de luxo com 178 anos, ali entre os Anjos e o Intendente, onde alivia os seus prazeres na menina que já gemeu na rua antes com outros catorze velhos bêbados, Ucranianos e Chineses desesperados.

E dorme todas as noites com as grades nas janelas do 3º andar, com medo que algum drogado lhe entre em casa, e com persianas metálicas para impedir que as balas perdidas da polícia que aparece lá todas as semanas para a rusga de limpeza do costume, lhe entrem em casa.

Mas é feliz porque vive em Lisboa, e escreve para um jornal que perde toda a categoria, apenas porque este senhor escreve lá.

Vamos acabar aqui a conversa, sendo que obviamente não negarei novo pedido de resposta, mas por favor Senhor De Sousa, deixe de insultar quem, com muito trabalho honesto, consegue morar num sitio, que apesar de não ser o ideal, é o possível para se viver em dignidade.

Tenha dignidade você e peça desculpas aos infelizes a quem insultou a inteligência, quando publicou o seu artigo sobre uma Universidade na Amadora.

Sim, porque voltando ao latim, “errarem humanum est”, e ninguém lhe leva a mal se confessar que se equivocou quando escreveu o que escreveu e da forma com escreveu.