Nunca mais na vida como castanhas.
Pelo menos até me conseguir esquecer deste fim-de-semana e do dia de São Martinho, nunca mais como.
Estes dias fazem-me lembrar a invasão da Normandia pelos aliados no dia D.
Ele é só morteiradas (prrrrrrrrrrr), canhoadas (brrrooaarrrrr), granadas (cabrrrrrum) e metralhada (aquele peido mais fininho, mas muito repetido: prr, prr, prr, prr, prr...), mas de grande nível e com bastante intensidade.
Lá em casa, eu faço o papel dos aliados que tentam conquistar as praias, com longos e repetidos ataques, tendo o cuidado, contudo, de me esquivar das complicadas defesas alemãs, interpretadas pelo lado feminino lá de casa com pequenos, mas certinhos tiros de metralha, que me fazem recorrer à aviação aliada, interpretada com bombardeamentos pesados do meu filho, e que na maioria das vezes acabam temporariamente em tréguas, uma vez que tenho que lhe ir mudar a fralda.
Eu próprio, por vezes, entusiasmado com o ardor da batalha, chego a enlamear o campo, e a ter que recorrer à casa de banho urgentemente, pois a castanha não perdoa.
Deve ser das coisas mais saborosas para se comer, e mais apetecida também, como todos os produtos sazonais, daí que nesta altura desforro-me a valer.
Mas como podem ver, é prejudicial para a economia e para a produtividade dos trabalhadores.
Desde Domingo que não editava um post, e desde Domingo que ando a trabalhar neste, pelo que pensem lá o que é que tenho andado a fazer esta semana, que todos os momentos livres que antes tinha têm estado ocupados.
Até os meus colegas perguntam insistentemente: “mas porque é que vais tantas vezes à casa de banho”, e ficam com um bocado de cara de estúpidos, sem perceberem nada, quando eu lhes respondo, com uma cara de alguma aflição, como que obviamente retendo mais uma flatulência: “foi o dia D, foi o dia D”.
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