É dos momentos altos do mês.
Não tenho de pôr a mesa, não tenho de preparar a comida, não tenho de ouvir os putos a dizerem que têm fome, não tenho de suportar as queimaduras, o chorar da cebola, o corte das batatas, o corte dos dedos, o amanhar das carnes, o levantar da mesa, o lavar dos pratos, o arrumar da cozinha, a escolha interminável sobre o que é que te apetece para o jantar, entre o resto da odisseia que é preparar uma refeição para todos.
“Pai, estava a pensar, podemos ir jantar aí?
Claro filho, vens sozinho, ou vem toda a gente?
Bem, se não for incómodo, vamos todos!
Sem problemas, às 8, está bom?”
E a comida da mamã, quem faz melhor, quem?
Só o cheirinho deixa água na boca, que saudades.
Mãe, Pai, posso voltar a viver convosco?
É só à hora das refeições, tá?
Prometo que não incomodo mais!
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