Estou para escrever este post desde o fim de semana, mas só o estou a escrever hoje, para deixar a “raiva” acalmar, por assim dizer, um bocadinho mais.
Em todo o caso, a sensação de injustiça e de descrédito com que estou a escrever isto é má, na mesma, é incrível como se pode descer tão baixo em Democracia.
Obviamente que estou a falar no mesmo que a maioria dos blogs já comentou, as declarações do Ferro Rodrigues e dos seus comparsas, que incluem não só referências à elite da magistratura Portuguesa, como também a quase todos os dirigentes de destaque do PS, e ao Presidente da República (parece que a ser verdade, afinal o facto de se ser compadre também pesa).
É incrível saber isto desta forma.
Não quero dizer, ou melhor, não quero acreditar que os principais canais de televisão “fabriquem” notícias, e também me custa a creditar que haja pessoas que consigam deturpar dessa forma, a partir de conversas mantidas entre os dirigentes do PS, o que se veio a saber nas notícias.
A ser verdade, e para já, não tenho razões para duvidar (seria importantíssimo que as gravações fossem divulgadas pelo Ministério Público na integra o mais depressa possível, para benefício de quem preza pela verdade), é sinal claríssimo que o Paulinho Pedroso se andou a portar mal com alguns meninos.
Os factos estão aí, e se ainda se poderia considerar que haveriam dúvidas, parece mais que evidente que isto seja uma nota de culpa, assinada por baixo, escrita com o nome do senhor arguido.
Pior ainda, coloca suspeitas de que neste caso, as pressões não funcionaram, mas que pode acontecer que em muitos casos anteriores ou futuros, as pressões podem funcionar, e que podemos ter ministros, presidentes, magistrados, deputados, e sabe Deus quem mais, ininputáveis por profissão, ou por carreira, se assim o preferirem, e que algum dia já foram pedófilos, assassinos, violadores ou sabe-se lá o quê mais.
Foram ou são, porque é impossível aplicar justiça de director-geral para cima, pelos vistos.
E não será só o PS? Não sei, mas espero sinceramente que não sejam os outros também.
Em Portugal, desde este fim de semana, passaram a haver dois tipos de cidadãos, embora a diferença se viesse cavando de há muito. De um lado, os Políticos, do outro todo o resto do povo.
De um lado, os que fazem as leis, do outro os que a ela se sujeitam.
Isto parece quase uma Oligarquia, parece que recuámos 2000 anos no tempo, e se o fosso é esse entre Portugal e os outros, depois de quase 30 anos de 25 de Abril, como será daqui a uns anos?
Já não bastavam os Ministros negociarem “cunhas” entre si, agora isto.
Para quando uma nova revolução, para acabar de vez com os Políticos e as suas cabalas?
Sem comentários:
Enviar um comentário