quinta-feira, novembro 06, 2003

Política: Orçamento de Estado 2004 (a favor).

Sai um comentário com um pires de tremoços?

Vou fazer uma coisa que nunca julguei possível.
Vou defender a Forreta Leite.

Como todos já sabemos muito bem (tem passado em todos os canais). Portugal é o País mais pobre da Europa.
Como tal, e para podermos aproximar-nos da Europa dita desenvolvida e de progresso, é necessário fazer alguns sacrifícios.

Deste modo, concordo inteiramente com a maioria das medidas a tomar, e tenho pena que não tivessem sido um pouco mais abrangentes.

Vou começar a explicar, e por favor sigam a minha linha de raciocínio para não se perderem, e confirmem as medidas que eu acho que poderiam melhorar este País:

1) Em vez de dar aumentos anuais, deveria de se cortar com uma parcela dos salários dos trabalhadores todos os anos.
2) Como efeito imediato na Economia, a mão-de-obra mais barata possibilitará efectuar reduções nos preços dos serviços e dos produtos, sendo que originará obviamente uma redução dos preços, ou deflação.
3) Com menores custos, os nossos empresários poderiam abrir mais empresas e empregar mais pessoas.
4) As nossas exportações aumentariam, e as empresas a investirem em Portugal seriam cada vez mais, o que originaria que os preços continuassem obviamente a descer (o custo mais baixo dos produtos fabricados em Portugal quando comparados com os preços dos mesmos produtos importados, só seria benéfico para a Balança Comercial, assim como contribuiria para a diminuição dos preços internos).
5) Com menores custos, o Estado não só reduziria o défice, como passaria a ter margem de manobra para voltar a poder contratar pessoas e a investir em melhores serviços.
6) Com menos dinheiro, haveria menos gastos por cada família, mas uma vez que deixariam de haver desempregados, todas as famílias passariam a consumir, o que levaria a um óbvio aumento do consumo, até porque a descida do poder de compra das famílias, seria compensado com a descida dos preços dos produtos.
7) Os problemas sociais seriam resolvidos, com o fim do desemprego, deixariam de haver problemas com a droga, com o alcoolismo, marginalidade ou delinquência (100% de emprego não leva a discriminações de nenhum tipo. O factor na génese dos problemas de intolerância e de discriminações é essencialmente o trabalho).
8) O sistema de saúde, melhor equipado com o aumento das receitas do Estado, e aliviado com os problemas sociais relacionados com a falta de emprego, poderia melhorar e competir pela qualidade dos serviços e do atendimento.
9) O sistema educativo, vocacionado de qualquer forma, ou por outra, mesmo com o normal atabolhamento que o tem caracterizado, como há empregos para todos, funcionará bem e dotará as pessoas do que realmente necessitam para a vida activa (com o iniciar desta pequena revolução, haverá tanta falta de mão-de-obra que não se ligará às qualificações).
10) O sistema judicial; aliviado dos problemas relacionados com a criminalidade social, poderia exercer o seu dever mais rápida e eficazmente. Poder-se-ão contratar mais polícias e reforçar-se a segurança interna.
11) O sistema Político, com serviços melhores e mais eficientes, e com mais dinheiro disponível, poderá aumentar os salários dos Deputados e do pessoal auxiliar.
12) Os empresários Nacionais, e os Estrangeiros que invistam em Portugal, com mais lucros, poderão também contribuir para o aumento do consumo de produtos de Luxo, o que só servirá para dinamizar mais a Economia.

Afinal, as ideias da Ministra até têm o seu quê de ser.
Contudo, é óbvio que se pode sempre cortar nos salários, mas tem de se ter em atenção que este tipo de planeamento deverá ser elaborado em planos elaborados para vários anos e com uma percentagem fixa, por exemplo, de 3 por cento anuais, sendo que três por cento este ano, de uma salário de 1000 €uros seriam 30 €uros, ao passo que para o ano que vem, o corte seria de apenas 27 a 28 €uros, ou seja 3% sobre 970 €uros, o que não originaria tanto descontentamento popular.

Como podem ver, todos beneficiaremos destas medidas, ora reparem:

1- Deixará de haver obesidade e problemas com doenças relacionadas, uma vez que como vamos passar fome, não poderemos sofrer desses males.
2- Como só os políticos e os empresários é que terão aumentos, com sorte quem morre mais depressa com doenças desse tipo são eles.
3- Os bancos poderão tornar-se em Imobiliárias, tantas serão as casas à venda por falta de pagamento. Isso contribuirá para o regular dum sector onde a especulação costuma ser a regra.
4- As construtoras e os proprietários de casas de aluguer ganharão com estas medidas, os primeiros por haver um surto de construção de casas mais pequenas e mais baratas, os segundos, porque apesar de arrendarem mais barato, arrendarão tudo, já que ninguém terá dinheiro para comprar casas própria.
5- As crianças passarão a ter aproveitamento escolar, ou não e passarão a ser inseridas na vida activa mais cedo, entre os 10 e os 14 anos, para aprenderem ofícios, porque como os pais ganham pouco, terão de contribuir para os rendimentos da casa (mais um motivo para a diminuição das despesas com a educação dos pais e do Estado e para o aumentar das receitas da Segurança Social)
6- Os putos deixam de nos chatear a pedir dinheiro. Querem dinheiro vão trabalhar.
7- As mulheres deixam de nos chatear a pedir dinheiro. Como sabem que não temos, pedem aos filhos.
8- As actividades de costureiras e de retrosarias passarão a ter muito serviço também, uma vez que não há tanto dinheiro para comprar roupas, passará a haver menos desperdício e melhor aproveitamento das roupas e do calçado.
9- Deixas de ir a casa dos teus amigos para seres presenteado com os vídeos e as fotos das férias, porque simplesmente deixam de haver férias (ou continuam a haver, mas trabalhadas, para ganhar mais dinheiro, o que contribui para a produtividade das empresas).
10- Em vez de se sair do trabalho mais cedo e de fazer apenas as horas devidas, passaremos a fazer mais horas, apenas porque não teremos nada que fazer quando saímos do trabalho.
11- Deixamos de nos chatear sem ter lugar onde ir ao fim de semana, porque como não há dinheiro acabamos sempre por ir passear ao parque.
12- O consumo de tabaco, assim como de outros vícios terá uma intensa quebra, o que só contribuirá para o aumento da saúde dos Portugueses.

Como podem ver são só vantagens, tendo apenas que antecipadamente se considerar o rever de algumas teorias económicas.

Daqui a 20 a 25 anos, ganharemos tão pouco que quase trabalharemos de borla, pelo que devemos considerar duas ou três opções: trabalhar por comida e roupa, voltar ao esclavagismo, ou rever as teorias Maoístas e Cambodjanas do fim do dinheiro.

Sem comentários: