Multimédia: Feira do Livro na Amadora.

Sai um comentário com um pires de tremoços?

Visitei este fim de semana na Amadora a XIII (décima terceira, para os putos que acabaram agora o 12º ano e não sabem o que isto quer dizer) feira do Livro.

Como sempre no Parque Delfim Guimarães, como sempre com uma atmosfera bastante agradável, com aquele cheirinho a algodão doce e a pipocas no ar, e com o Outono a querer lembrar os mais esquecidos de que já chegou, com muitas folhas a cair.

Muita oferta, muitos livros interessantes, desde a aromaterapia até à Banda desenhada, ioga, Banda Desenhada, edições técnicas, revistas de cultos estranhos, jornais, editoras, livreiros e alfarrabistas, com preços desde os 50 cêntimos de alguns livros usados até aos 1500 de algumas enciclopédias.

Realce para o preço bastante alto praticado por algumas editoras, que para livros que eles consideram novidades vão até aos 20, 25, 30 €uros, como a Europa –América e a Asa, entre outras, que apesar de muita escolha, não têm a noção dos preços a que colocam os livros.

Ou estão todas em crise, o que é normal com os preços que praticam, ou querem “chupar” os clientes, que apesar de fiéis, como eu, também se cansam de pagar quatro contos por um livro de 120 páginas com fonte 16 e parágrafos com espaçamento quádruplo.

Autores Portugueses eram muitos, mas tirando os romances das meninas cor-de-rosa e verde fluorescente, e alguma coisa (viu-se pouco este ano, o efeito Nobel parece estar a passar) do Saramago; tirando estes, os Autores Portugueses estão na sua maioria mortos.

Muitas edições técnicas, sobre tudo o que nos possamos lembrar, desde a suinicultura até à informática (fartei-me de rir quando vi títulos como: “aprenda você mesmo: Word XP”). Muita oferta para todas as necessidades. Confirmem as ofertas de edições multimédia para os putos pequenitos até aos doze anos, são montes e montes delas...

A banda Desenhada vai ganhando espaço, e nota-se, pelas pessoas que conseguia juntar nas suas bancas, que a Disney, a Marvel, Dc e TopCow, outras Americanas e Europeias e muitas colecções de Álbuns como Astérix, Lucky Luke, a nova estrela Rantanplan, Tintin, Michel Vailant, Tanguy e Laverdure, e muitas outras, mais e menos conhecidos, vão vendendo e convencendo leitores (é preciso não esquecer que na amadora há muito tempo que se patrocina a 8ª arte).

Paulo Coelho aparece em formato de capa grossa, capa fina, edição de luxo, edição de bolso, edição especial, em promoção, em destaque, etc, etc, está em quase todas as bancas em todos os formatos e todos os preços. É surpreendente como está em quase todo o lado(o sonho vende sempre).

Comprei ainda assim muita coisa, apesar de ter evitado comprar livros novos. Pelo preço de uma novidade na maioria das bancas, pude trazer algumas coisitas interessantes, algumas já usadas, e apesar do cheiro a mofo, que vou tentando ignorar conforme os vou devorando.

Um último destaque para a feira de artesanato que decorre junto com a feira do livro, com muita coisa gira, mas que também já parece que é sempre a mesma todos os anos, e para as bancas dos doces e comida tradicionais; temos em Portugal especialidades mesmo de comer e chorar por mais, como é costume dizer-se.

Há também uma barraquinha com uma ginginha barata, em frente ao stand das frutas tropicais, junto à piza hut, com um preço extraordinário.

Comecei a minha perdição na sexta-feira com essa ginginha bastante agradável. Até quase me esqueci de que ia lá para comprar qualquer coisa para ler, de tal maneira ribombava o sino sempre que eu dizia: “Olhe, era um ginja, se faz favor, não tem copos maiores?”.

Não deixem de aparecer por lá, até às 23h de domingo.