segunda-feira, outubro 06, 2003

Factos da Vida: o raio da gravata.

Sai um comentário com um pires de tremoços?

Não, não tenho um estúpido dum raio numa gravata, como aquelas estúpidas carantonhas que o Garfield tem em algumas gravatas.

São estas coisas ridículas que nos obrigam a usar no trabalho, porque dizem que nos fazem parecer respeitáveis e certinhos, que nos dão uma “imagem” de profissionalismo e de competência.

Se a competência e o profissionalismo se medissem pelas gravatas que apertam o pescoço às pessoas, o País não estava no estado em que está, uma vez que todos os políticos usam gravatas.

Se usar gravata fosse sinónimo de ser respeitável e honesto não liguem aos crimes de colarinho branco que levam para o desemprego, para a fome e para a prostituição tantos Portugueses todos os anos.

Se usar gravata fosse sinónimo de se ter uma posição respeitável e de ter de se andar apresentável, reparem nas barbas mal cortadas, nas ramelas, no cheiro nauseabundo, nos cabelos nos ouvidos dos velhos que andam por aí a definhar com as gravatas a retardarem-lhes o fluxo de oxigénio no cérebro.

O raio da gravata que tenho de usar todos os dias é que é lixada, incomoda, não me deixa respirar, tenho de ter cuidado quando como sopa, ou quando vou buscar o guardanapo, sempre que passo por putos da primária, que pensam que são o tarzan e penduram-se, e pior de tudo, quanto estou mesmo aflito para mijar, não me lembro dela...

Alguém sabe de uma lavandaria a seco aqui nos lados da João XXI? Se o meu chefe me vê assim, ‘tou lixado...

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