sexta-feira, novembro 14, 2003

Notícias: Seringas na Cadeia.

Sai um comentário com um pires de tremoços?

Tive o desprazer de confirmar que agora vão trocar seringas nas cadeias Portuguesas.

Estão a tomar o exemplo Espanhol como um exemplo a seguir, e em vez de se perguntarem como é que é possível que os reclusos obtêm o acesso à droga e conseguem arranjar seringas e todo o material necessário para se drogarem, em vez de tentarem evitar que os mesmo continuem a destruir as suas vidas e se tentem regenerar, que sim, creio eu, posso estar errado, mas parece-me que o objectivo primordial de prender as pessoas era para tentar arranjar forma de as conseguir trazer de novo para o lado certo da vida, mas penso eu, que se calhar não é bem assim, se calhar até convém que existam drogados, ladrões, prostitutas e violadores.

Até convinha aos políticos que todos fossem assim, seriam menos pessoas a tentar ser políticos.

Sou de Esquerda, reafirmo-o vezes sem conta, e acredito piamente que devem ser considerados os direitos de todas as pessoas.

Contudo, não existe consagrado nem na Constituição Portuguesa, nem na Carta dos direitos do Homem, nem em lado nenhum, que um raio os parta, que existe o direito de uma pessoa se drogar e continuar a viciar.

Não há sequer o direito moral ou social, ou de tradição, ou adquirido, ou de qualquer maneira que se tentem justificar, o único direito que as pessoas que são detidas têm é que sejam protegidas de si próprias e das suas acções, por forma a poderem pensar, reflectir nos seus actos criminosos e na sua vida de erros, e tentar pensar em maneiras de poder conseguir corrigir-se e vir a ser um elemento integrado ou não, mas ao menos regenerado da Sociedade.

Para que quando seja libertado, um dia, possa vir a ter uma vida sem crime, sem ser à margem da lei, com trabalho honesto, com uma vida sua, mas honesta e séria, sem mais complicações, pois sabe que estar “dentro” não é pêra doce.

Em vez de um sistema prisional regenerador das pessoas e reformador, que capacite as pessoas para a vida, este Executivo pretende, a pretexto de que se irá tentar evitar a propagação de doenças infecto-contagiosas nas cadeias, propiciar exactamente o contrário.

Vamos ignorar os guardas prisionais que traficam droga, os funcionários públicos das prisões que transaccionam estupefacientes, os directores que levam a sua parcela neste negócio sujo, e as autoridades policiais “avestruzes”, que ignoram tudo o que se passa dentro dos muros de um outro Portugal, onde não existe Estado, polícias, juizes ou que quer que seja que ainda possamos ter de regulador e de garante do bem estar público, mas existem isso sim, consumidores de drogas e passadores oficias da mesma.

Veja-se o caso dos preservativos que são distribuídos de borla nas prisões.
Ao que parece, a solidão leva os homens a fazerem coisas impressionantes para aliviar os testículos, e como tal e para evitar o contágio sexual, há um programa de distribuição gratuita de camisinhas pelas prisões Portuguesas.

Como a nossa sociedade não é corrupta, nem os nossos concidadãos se tentam sempre aproveitar das situações, o acesso aos profiláticos, é feito apenas pedindo-se aos guardas prisionais os mesmos, que pedem depois uma soma em dinheiro pelas camisas gratuitas.

Ora, como poucos são os detidos que têm dinheiro, como os guardas não conseguem gastar eles próprios as camisinhas (quem no seu juízo perfeito, iria para a cama com um guarda prisional? Ainda acho que as mulheres têm algum juízo!), os profiláticos passam de validade nas caixas nas enfermarias das prisões e penitenciárias deste grande País, desta enorme República, chamada Portugal.

E depois querem, conscientemente e com afirmações estúpidas, fazer-nos crer que vão constituir salas de chuto nas prisões Portuguesas para ajudar os presidiários.

Acho que ajudavam mais se os tentassem fazer sair do vício, mas como sempre a minha ideia de uma boa ideia, ou da ideia certa a fazer, se calhar está errada.
No fim de contas, quem sou eu para ter ideias?
Nem sequer sou político.

Já agora fornecam-lhes o chuto tb. Era so o q faltava.


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