sexta-feira, setembro 12, 2003

O Hospital dos Inválidos (El Hospital Spano-Afro-Lusitanense).

Sai um comentário com um pires de tremoços?

Não, não se trata de uma nova telenovela mexicana (embora por vezes seja melhor ainda), mas são os novos modelos de hospitais anunciados hoje de manhã pelo Ministério da Saúde e Higiene dentária.

Como forma de promover o relacionamento inter-cultural também dentro dos hospitais, um pouco à imagem do que já se passa nos novos centros habitacionais no Cacém e na Damaia, os hospitais Portugueses vão adoptar como medida prioritária a contratação, a curto prazo, de mais 5000 médicos espanhóis e outros 5000 dos PALOP, divididos entre as cinco ex-colónias Africanas e Timor, sendo que haverão alguns Brasileiros na parte dos Dentistas.

Foi também anunciado, que serão reservadas perto de 500 vagas, para trolhas e carpinteiros Ucranianos e Modavos, que eventualmente estejam no ramo profissional errado em Portugal.

As 12000 novas vagas (aproximadamente) para Médicos de Clínica Geral têm como objectivo principal acabar com o estado caótico de coisas a que chegou a saúde em Portugal.

Em complemento com estas medidas revolucionárias, o Ministro da saúde pretende acabar com médicos e enfermeiros portugueses nas urgências e nos bancos de hospitais.

Conforme o próprio afirma: “Deixarão de haver desculpas para os erros frequentes de diagnóstico. A partir de agora qualquer erro de diagnóstico médico fica a dever-se a problemas linguísticos e nada mais”.

Com esta medida, pretende-se diminuir os custos com inquéritos sobre incúria ou desleixo dos médicos nos diagnósticos. A reacção da ordem dos médicos foi bastante positiva, uma vez que agora os senhores doutores passam a não ter de fazer o frete de obrigatoriamente terem de fazer banco de hospital e podem dedicar-se em absoluto à sua carreira privada nos seus próprios consultórios.

Instigado sobre se esta medida faria descer os preços das consultas, o bastonário da ordem comentou algo como: “e depois como é que eu pago as prestações do Ferrari? Isto está tudo louco”.

Os únicos descontentes no meio destas anunciadas novas medidas são mesmo os delegados de propaganda médica, a quem já não lhes bastava a história dos genéricos, como agora ainda têm que se haver com intérpretes para poderem lidar com os novos médicos nos Centros de Saúde e Hospitais.

Já sabe, a partir do fim deste mês, sempre que necessitar de ir ao médico, leve consigo aquele seu vizinho preto, para não se arriscar a ser mal atendido.

É que às tantas, o problema na unha do pé afinal pode não precisar de amputação.

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